Monday, November 14, 2005

Noites Paraenses.


chegamos á quarta individual. pela primeira vez senti a diferença da luz que a mudança para belém provocou em minha obra. as cores esquentaram. os contrastes aumentaram. a tempeeratura da cor subiu. alegres trópicos. belém, ao contrário do resto da minha família, tinha passado pela janela. do carro, do apartamento. interessante. hoje, apaixonado pela floresta como me descubri depois, não entendo como passei ao largo dessa tropicalidade toda. dessa presença amazônica que me fala tão direto aos sentidos e à alma. da vida real não queria ver nada. só abria os olhos interiores depois de dar o meu sangue á empresa o dia todo e, de madrugada, voltava exausto para para poder ver a eletricidade que vinha de meus sonhos. mas mesmo assim fui violentamente modificado pelo ambiente. sem nem me dar conta. quando fiz as malas para sair de vez de belém é que percebi o quanto aquela luz me iluminara. o quanto aquela luminosidade excessiva tinha saturado e revelado os cantos mais desconhecidos de mim, para mim. e de mim para os outros. assim, dias antes de pegar o avião de volta expus estes trabalhos no museu da cidade, à convite de seu diretor, então, o benedito melo, que assina o próximo texto que publicarei aqui, parte de minha fortuna crítica.

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