Tuesday, December 06, 2005

Grande Nu Paraense.


esta exposição foi a mais figurativa de toda minha carreira.
algo na umidade do pará, talvez, que tenha me trazido para dentro da pele.
algo que torna as formas do corpo mais presentes como se as peles que contém os líquidos sentisse um pouco mais a pressão de dentro pra fora. e de fora pra dentro.
algo que só se sente no pará. uma umidade que transborda os poros. quente como uma lâmpada, que lá em guernica, bomba, aqui, neste pastel sobre tela, luz mortiça, nua como convém às musas, seca, nesses amarelos que se esvaem sobre os corpos,
não que não tenha sentido , ao contrário, é pé COM cabeça. as direções é que são diferentes. como é quente...como transpiro, ...piro e rompo a cor do fundo, pesada de umidade roxo azulada. pesada de humildade a cabeça se entrega à curva do calcanhar e cerra os olhos. sonho: ainda é tudo possível. ainda tenho tudo a fazer...estou nu.
ainda tenho muito a sonhar. meus sonhos, só meus sonhos me cobrem.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home