Friday, September 30, 2005

identidade secreta.


fecho o mês fechando também o ciclo destas duas primeiras exposições. nada melhor que voltar para o início. assim, para fechar, o quadro que abriu e deu o nome á primeira exposição: identidade. é um pastel sobre papel fabriano preto, medindo 47x 66,5 cm de 1984. acho que eu tinha perdido a cabeça. sei não. para ilustrar a imagem e a imaginação de todos, passo a caneta do teclado à zé duarte de aguiar : o texto dele entitulava-se perspectiva.
determinadas situações, determinados momentos, trazem dentro de si o encanto mágico da revelação: a magia da descoberta do novo. encontro sobre minha mesa, trazidos por amigos, dois trabalhos de um jovem desconhecido, ainda, artista. entre, rever, descobrir, o encantamento total, a descoberta: odilon cavalcanti.
em um momento de extremas indefinições, onde todos os modismos passaram e envelheceram. envenenaram-se com suas próprias armas e, onde os pós transformam-se imediatamente em póstumos, onde as vanguardas, transvanguardas e todas as suas possíveis variações esclerosam e são devoradas por si mesmo, é muito bom, absolutamente gratificante encontrar um artista. encontrar um artista que não se esqueceu do ofício de criar, que não esqueceu da qualidade, a impossibilidade do ser sem invenção, a certeza única e decidida da qualidade.
odilon cavalcanti trata as cores e situações, transforma suas necessidades criativas, inventa, com qualidade e conhecimento. conhece. cria e transforma.busca. densamente, misteriosas, suas massas indefinidas, suas cores intensamente penetrantes, insinuações de figuras e elementos, quase corpos: corpos, se cruzam, interpenetrando, criando muito mais que uma leitura, colocando uma situação visual, provocando uma situação emocional. são imagens em formação, em nenhum momento em deformação.
odilon cavalcanti, em toda a sua constancia de trabalho, aliado ao fato mistério um permanente elemento provocador, motivador e catalisador elo vital na relação quadro espectador. em nenhum momento este elemento provocador deixa de estar presente, de funcionar, de motivar. existe sempre uma constante a colocar o expectador como uma personagem, a buscar a ligação e a continuidade da situação motivada. em todos os seus trabalhos, o ponto de fuga, ainda que meramente insinuado está presente e atuante. é ele o elo, o momento e a decisão. consideramos realmente importante e, importante em todas as suas gamas, esta mostra e o descobrimento de um artista como odilon cavalcanti. sentimos que este é o seu momento inicial. mesmo sendo já um momento definido e amadurecido. garantimos que mais que uma revelação é a confirmação de um artista do mais alto nível de qualidade. o studio josé duarte de aguiar, em sua continuidade de trabalho, onde qualidade e inventividade são básicos e fundamentais, se sente absolutamente engrandecido em mostrar ao público do rio e de são paulo a obra de odilon cavalcanti. estamos mostrando e fazendo ver um artista lúcido, forte e coerente, com uma carga de talento pouco igualada no momento. temos certeza que estas duas mostras são motivos de grande e gratificante prazer. e também de inquietação...
josé duarte de aguiar

Sunday, September 25, 2005

repressão.


este post de hoje é em homenagem ao aniversário de narinha.
filha longe. sempre filha. narinha é a dona do repressão, este pastel sobre papel da segunda exposição. o gesto travado. ela ganhou aos dezoito. tinha recém entrado na ufpe pra fazer medicina. formou-se em 2000 e veio para sampa, fazer residência nas clínicas. fez duas, clínica geral e reumatologia. deixou esse quadro aqui comigo antes de ir para os eua com o marido, daniel, físico da universidade da caifórnia em pasedena. interessante nara ter escolhido justamente este quadro e ter se especializado em reumato. talvez ela nem tenha pensado nisso quando decidiu fazer mais uma especialidade: psiquiatria como caminho da psicanálise. talvez tenha pensado com o inconsciente. e por isso, por já saber o que ainda nem dá para adivinhar, desenhamos nosso futuro. talvez por isso mesmo ela esteja aproveitando o tempo que está lá para estudar e se atualizar em medicina para se especializar em narinha e esteja fazendo cursos e praticando a fotografia com surpreendentes e poéticas qualidades.
ela (como as irmãs) aprendeu cedo o valor e a força da imagem e da criação.

Friday, September 23, 2005

Black tie.


hoje minha alma está de gala. mexer nesse blog é mexer fundo na minha alma. é dar passagem para o novo que estava guardado há muito. achei o black (é beautiful). Penso nas vernisagens, na vida e fico tecendo comentários e memórias que me remetem à ricardo camargo, o marchand destas exposições e de ricardo, novamente, à zé duarte de aguiar que mencionei (como pessoa jurídica) no primeiro blog, e que, agora cito como pessoa espiritual -esteja em que céu estiver- e de sua testa brilhante e perfeita, que hoje, passados 21 anos, eu tento imitar ainda sem o mesmo sucesso. lembro dos conselhos de ricardo e de, infelizmente como não os aceitei, na minha vaidade de artista jovem que não consegue ter noção da perspectiva (era este o nome da exposição!) da verdade que tanto procura: da sua vida, de sua obra e de sua história que hoje, finalmente consigo vislumbrar.
lembrei da maria do céu, mulher de ricardo. e fiquei feliz em puder saber (é claro que procurei o ricardo) que, como eu e malouzinha, permanecem juntos e podem dividir conosco memórias de pessoas fatos sonhos comuns e que souberam manter a arte como centralidade da vida. não sei se esta experiência pode servir para algum jovem artista de hoje. provavelmente não. mas para mim, hoje, reconhecer e lembrar tudo isso me tornou melhor do que quando acordei, pela manhã: minha alma está em black tie. A azeitona do coquetel é que só então lembrei das primeiras pessoas que entraram para ver a exposição na noite da abertura, aqui em são paulo: maria helena chartunni e o professor pietro maria bardi, trazidos por ricardo. às vezes, a gente demora muito para ser feliz. outras vezes, a gente era feliz e não sabia.em tempo. black tie é um pastel sobre papel de 49,5cmx 65 cm.

Wednesday, September 21, 2005

Jornal Nacional.


aquela figura que aparece na tv sempre me lembrou vincent van gogh. um auto retrato com chapéu. as cores quentes do fundo tornam a fria luz da tv mais fantasmagórica ainda. os volumes do corpo em contraluz recortam o campo dando voluptuosidade à composição. não sei o que o vincent acharia da luz da tv. talvez nem tivesse cortado a orelha nem elouquecido de vez se tivesse uma televisão para fazer lhe companhia. alienante luz azul. o risco que percorre e liga os dois campos verticais de cor que dividem a imagem é como uma brasa em movimento. ela aquece o quente e torna ainda mais frio o frio. a verdade mais verdadeira, então.

Monday, September 19, 2005

Perspectiva.


o sentido de profundidade, de continuidade, de caminho a percorrer. a intuição aqui é muito presente, neste trabalho que hoje integra uma das coleções mais importantes da minha obra. talvez a mais importante. que é a de um grande empresário europeu.
que possui mais de 40 obras de odilon cavalcanti. com um detalhe muito importante: um olhar muito pessoal. as escolhas deste colecionador dão uma densidade à coleção que perpassa grandes períodos de minha vida de artista. agradeço á deus que minha obra tenha tres grandes colecionadores. e á eles também, obviamente. são coleções que até se complementam e que se um dia se tivesse que montar uma retrospectiva, a presença deles deveria ser essencial.voltando á obra: ela também é um pastel sobre papel fabriano preto. o detalhe é que menciona um fato plástico que só se materializa na exposição seguinte, a terceira, realizada em belém do pará em 1985, co centur - galeria teodoro braga, administrado na época pelo poeta joão jesus paes loureiro: os fragmentos de espelho, onde a construtividade assume a frente, desconstruido a imagem e as figuras na busca dos limites entre a figura e a abstração.

Friday, September 16, 2005

Ausência.


presença e ausência. o que há e o que falta.essa dicotomia rítmica é parte essencial ao autoconhecimento. nossas carências e nossas vitudes, nosso ser e o nosso não ser. eis a questão, willian.

Thursday, September 15, 2005

Pequenas Loucuras




a trama do pensamento vai fazendo associações com conteúdos pessoais, banais ou cabais. a mente é fugidia. a mente mente. acaba revelando o que há por trás. por mais que pensamos que estamos sendo racionais. quando o material é iconográfico e literário, ao mesmo tempo, as pequenas loucuras se apresentam com as devidas cargas emocionais. pequnas loucuras é o nome da obra. mas pode ser a escolha deste pastel sobre canson branco de 61,9x 39 de 1981. a obra é incômoda. talvez a mais figurativa da exposição do rio, que me trouxe alguns presentes importantes: conheci nessa exposição, apresentada por amigos a gigi. que me apresentou o mark bercowitz, um crítico e curador russo que iluminou minha obra pelos anos seguintes até sua morte pouco tempo depois de curar minha segunda exposição no ibeu (instituto brasil estados unidos) no rio em 1989. esta exposição foi em comemoração ao prêmio de melhor exposição do ano anterior no ibeu copacabana. mas isso foi muito depois.

Wednesday, September 14, 2005

rosachoque


a concentração do olhar que aludi no post de ontem, nesta obra, tem a cor como navalha.a cor corta: curta.econômica.shrotcut.deixa o rastro, o risco, o corte. como no quadro anterior, é preciso corre o risco para desenhar o destino. navalha na testa pra abrir a cabeça: acesa como uma brasa. ou apagada como carvão. tirante a figura, o rigor construtivo permanece sóbrio. quase como se o corte nada fosse além do rastro de gesto. é preciso correr o risco senão não há desenho (desígno), destino do gesto quase contido pela suavidade da curva que sobe ou desce e desaparece.

Tuesday, September 13, 2005

Le voyer.


aquele que tem no olhar o prazer.
só dando espaço para a imantação simbólica.
só relacionando estéticas. só perecebendo no mundo o que lá ainda não está.
só introduzindo ao universo o que lá ainda não existia.
só erotizando as relacões com o mundo e tendo prazer em ser, antes de conhecer.
não há outra forma de construir uma poética.
não há outra estética: não se pode viver sem ética sem virar pó.
"le voyer" o quadro que encerrava o catálogo e a exposição de são paulo era um pastel sobre papel ingres, cor de caramelo. o 13º da 1a exposição.
nesse quadro, a construção é 90 % da obra, e, no entanto, a força do olhar na área azul - que ocupa talvez menos de 10% - faz com que a atenção do fruidor se concentre, como só um voyer é capaz. vendo essas obras juntas novamente,
tenho a percepção um tanto tardia, de como tudo isso fala do exercício de uma sexualidade que ultrapassa, em muito a chamada vida sexual propriamente dita. estou falando de uma sexualidade do existir como corpo, de sensação de existência, presença, ausência,(dois outros títulos da mostra seguinte, constante ainda neste catálogo), como cansei de apontar intuitivamente nos títulos das obras, na maneira de encadear um pensamento plástico, uma proposta de leitura dos diversos conjuntos e séries de obras.
preferível assim: antes tatear o mundo com o inconsciente que a tentativa inútil de limitá-lo por consciência.

Monday, September 12, 2005

amarelinha:o jogo.




o jogo do i ching da postagem anterior é o jogo das mutações.
existiam mais duas alusões a jogo: duas outras obras tinham títulos que aludiam à brincadeira de amarelinha, aquela brincadeira infantil onde a gente desenha no chão uma série de casas numeradas até dez e pula num pé só segundo a seqüência numérica até o “céu”,( a décima primeira casa) e depois vem descendo até o “inferno” (a casa zero). Estas alusões poderiam passar por alusões à infância se em ambos os casos não tivessem complementos que as contextualizassem de maneira bem outra.
- amarelinha: o jogo da política
- amarelinha: o jogo do sexo.
as imagens falam por si. a literatura sobre as imagens é que precisam de palavras.
a arte (das vezes) prescinde delas. até para corrigir as falhas da memória que me fizeram a peça de editar a imagem da “amarelinha:o jogo da política” como "i ching", o jogo das mutações. mutatis mutantis, corrijo o erro para o bem da história e publico apenas a imagem da “amarelinha: o jogo do sexo.”esta última um paste s/ papel fabriano preto de 49,5x70 cm e aquele idem, idem com 70x 50 cm. e crio outro buraco na memória: meu deus! onde foi parar meu i ching?

Saturday, September 10, 2005

i ching




invoquei o livro das mutações do taoísmo na minha primeira exposição. a do rio. apelei mesmo. afinal, o auto-conhecimento também tem suas ferramentas consagradas pelas culturas. a arte se presta para revelar e re-contextualizar manifestações múltiplas das mais variadas culturas. não sou contra as manifestações locais, as culturas regionais, os prismas mais fechados. só acho que tem que se buscar a verdade do olhar. se a verdade inclui a diversidade, não há como nem porque filtrá-la. este trabalho tem também a convivência das vertentes construtivas e figurativas (simbólicas) que já aludi antes. coloquei-o na exposição das obras com a estrutura construtiva mais evidente. Mas considero que ele caberia muito bem na segunda, também. em tempo: este trabalho também é um paste seco sobre papel fabriano preto. mede 48x66,7 cm. e é de 1983.

Friday, September 09, 2005

Barba azul


é curioso. o título do post é o da obra anexa.também é do primeiro catálogo.só que da segunda exposição.desde essa época eu sabia que minha obra tinha uma contradição implícita herdada da minha formação: metade de mim tinha influência direta dos concretistas, afinal eu era o discípulo predileto do maurício nogueira lima, concretista histórico, racionalista,professor da escola de arquitetura da usp, a fau.metade de mim era expressionista abstrato.bebia direto nas fontes da modernidade européia e brasileira, que não se conformava com nenhuma rigidez.nehum limite definido para o olhar.mas se nos detivermos na observação deste trabalho e compararmos com o de cima,dá pra perceber uma estrutura racional como base de uma abordagem mais emocional.como se o raional desse estrutura pra soltar a franga.
maurício, que inclusive assina um dos dois textos do catálogo chama a atenção para este modo de ver.reproduzo o texto do maurício na íntegra:
"identidade.
conheci odilon cavalcanti no final da década de 60, quando frequentava nosso atelier, afim de se aperfeiçoar em desenho, com o artista gilberto salvador e enfrentar o vestibular da faculdade de arquitetura.
naquela ocasião, ainda muito jovem, odilon passava horas investigando arte, principalmente nossos trabalhos, o que foram de alguma forma suas primeiras influências principalmente no tocante á organização do espaço, no uso consciente da cor e na estrutura construtiva da organização formal, enfim, todos os problemas visuais que nós, vera ilce, eu e gilberto enfrntávamos ao criar.
odilon aprendeu muito, como também entro na tão ambicionada faculdade de arquitetura.mas logo notou qu não era bem aquele aprendizado que sonhara.ele queria e desejava mesmo era criar imagens. e criou.
no início da década de setenta odilon iniciou sua carreira de pintor, participando dos principais salões oficiais do rio e são paulo, tendo por sinal, recebido mensões elogiosas, principalmente do pessoal ligado á crítica criativa.
seus trabalhos, naquela época, mostravam perfeitamente seu primeiro contato artístico, quefoi: o conhecimento e o convívio com a arte construtiva que fazíamos. a composição sempre bem estruturada de seus quadros, além do uso equilibrado das cores, buscava sempre, como resultado visual o mínimo de formas para o máximo de informação.entretanto a época era de crise, também no campo das artes e, evidentemente, odilon, ainda muito jovem, sentiu todos os problemas que uma crise deste tipo ocasiona.
para poder se manter e pintar, coisas difíceis num começo de carreira,odilon procurou trabalhar no campo das artes gráficas, ligado á comunicação publicitária.
foram anos, praticamente toda a década de 70, que odilon, além de pintar, também criava campanhas promocionais visuais para a publicidade. foi justamente aí, e isto eu julgo muito importante que odilon desenvolveu uma habilidade e uma técnica gráfica dignas de um mestre do desenho criativo.este aprendisado e esta prática ligados ao conhecimento de problemas sintáticos da comunicação visual, são, ao meu ver, os pontos altos da arte atual de odilon.
seus recentes trabalhos, que serão mostrados nestas duas exposições (são paulo e rio), denotam um artista extremamente sensível no uso das cores e é aí que seu produto atinge um nível gratificante como obra de arte visual. não quero dizer com isso em absoluto, que em uma leitura conscienciosa dos seus trabalhos os elementos da linguagem mais simbólicos, com leves conotações figurativas, não sejam importantes. são. como também as areas tratadas com elementos de grafismo aleatórios de belíssima textura,
ao examinar em todo seu conjunto o trabalho de odilon cavalcanti pude observar o seu interesse e sua devoção pela busca da claridade, isto é, na criação da luz e seus jogos cromáticos emocionantes. odilon quase sempre parte do escuro para o claro, criando luz a partir dos tons azulados do cobalto e turqueza e, é neste momento que começa a festa para os olhos,quando ele funde em áreas determinadas geometricamente e outras informais:os verdes os magentas, os rosas e os laranjas, algumas vezes cobertos com sutis veladuras, onde, tênues figuras em sépia escura se organizam no espaço em composição, determinando assim o aspecto semântico da obra. com isto o trabalho do artista chega a contagiar o espectador na busca de um elemento surpresa, de repertório conhecido, que é justamente quando o trabalho se completa:obra/espectador.
maurício nogueira lima
outubro de 1984."

Thursday, September 08, 2005

a capa do primeiro catálogo.


as tres estações do ano são duas: inverno.
este pastel é a capa do meu primeiro catálogo.
é um pastel sobre papel fabriano preto de 56,2x 48 cm de 1982. a primeira exposição individual, como o título da obra, foram duas: ambas no studio josé duarte de aguiar, só que uma no rio, outra em são paulo em novembro/dezembro de 1984. um só catálogo.
dois títulos:
a do rio era identidade,
a de sampa, perspectiva.
foi aí que eu percebi que expor é me expor.
eu sou o artista mas também, de uma maneira projetada, sou a obra. só que, "ler" a obra é a coisa mais difícil que tem.
é o desafio do crítico.
é a ligação com o fruidor.
com a passagem do tempo, esse exercício vai ficando mais acessível. vai maturando como qualquer um. tanto em relação a nossa obra como a dos outros. na época estas imagens me diziam coisas difíceis de falar. hoje a reflexão sobre a memória dessa imagens me evocam muitas palavras. de repente, é como se meu acesso ao seus conteúdos fossem uma maneira de me conhecer, função prima da arte. arte como auto-conhecimento. percebo, por exemplo o que antes só intuia: a redutibilidade da vivência dos ciclos: o ano( no título da obra), a tragetória (no título do catálogo) num aqui agora que sempre me interessou.

essa série do qual este pastel fez parte tinha três outros pasteis:

- as tres estações do ano são duas:primavera(pastel s/fabriano preto-66,4x46,6 cm de 1981)

- as estações do ano são duas:verão (pastel s/ fabriano preto-56,2x48 cm de 1983)

- cenas da exposição do outro ano(pastel s/ fabriano preto-56,2x48 cm de 1982)

a obra da capa, postada acima, é a única que eu tenho registro. ela foi o primeiro quadro que vendi em exposição. sei quem o comprou e que deve conservá-lo até hoje.
os outros não sei mais aonde estão. talvez este blog sirva para fazer com que me lembre.
ou que, quem sabe, quem o possua possa ler essas linhas e me mandar uma imagem deles.
não me espantaria, nestes dias de final dos tempos. no mundo da internet( como no da arte) tudo pode ser possível.

printemps

a primeira impressão é prime porque é primitiva.
parece comercial de banco mas é repo(r)stagem verdade.
Tõ só descrevendo o momento.